quinta-feira, 13 de junho de 2013

VANGUARDAS DO SÉCULO XX

O século XX colocou o universo da alma humana em evidência, ao orientar cada vez mais a inversão da cultura, e também da linguagem através das vanguardas artísticas, que objetivaram desvincular a dependência da poesia e da arte dos padrões estabelecidos pela sociedade industrial. Os movimentos ambicionaram alcançar esferas mais íntimas da sociedade, alterando e transformando seu cotidiano.

A necessidade da arte está presente desde os períodos mais remotos da história, apesar de várias tentativas de defini-la, sua complexidade e significados não se esgotam. 


DADAÍSMO

Movimento artístico vanguardista iniciado em Zurique, em 1916, no chamado Cabaret Voltaire. Sua utilização marca o non-sense e uma estética extravagante. Possuía como característica principal a ruptura com as formas de arte tradicionais. Portanto, o dadaísmo foi um movimento com forte conteúdo anárquico.
O próprio nome do movimento deriva de um termo inglês infantil: dadá (brinquedo, cavalo de pau). Daí, observa-se a falta de sentido e a quebra com o tradicional deste movimento.
Em poucos anos o movimento alcançou, além de Zurique, as cidades de Barcelona, Berlim, Colônia, Hanôver, Nova York e Paris. Muitos de seus seguidores deram início posteriormente ao surrealismo e seus parâmetros influenciam a arte até hoje.


Características principais do dadaísmo:

- Objetos comuns do cotidiano são apresentados de uma nova forma e dentro de um contexto artístico;
- Irreverência artística;
- Combate às formas de arte institucionalizadas;
- Crítica ao capitalismo e ao consumismo;
- Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;
- Uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano, sons, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc) na composição das obras de artes plásticas;
- Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos políticos do mundo.





FUTURISMO
O futurismo é um movimento artístico e literário surgido oficialmente em 20 de fevereiro de 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. A obra rejeitava o moralismo e o passado. Apresentava um novo tipo de beleza, baseado na velocidade e na elevação da violência.

O futurismo desenvolveu-se em todas as artes, influenciando vários artistas que posteriormente instituíram outros movimentos modernistas. Repercutiu principalmente na França e na Itália, onde vários artistas, entre eles Marinetti, se identificaram com o fascismo.



O futurismo enfraqueceu após a Primeira Guerra Mundial, mas seu espírito rumoroso e inquieto refletiu no dadaísmo, no concretismo, na tipografia moderna e no design gráfico pós-moderno.

A pintura futurista recebeu influência do cubismo e do abstracionismo, mas utilizava-se de cores vivas e contrastes e a sobreposição das imagens com a pretensão de dar a ideia de dinamismo.

No Brasil, o futurismo teve grande influência na produção artística de artistas ligados ao movimento modernista. Anita Malfatti e Oswald de Andrade entraram em contato com Marinetti e seu Manifesto Futurista. Muitas ideias e conceitos futuristas foram incorporados às obras destes modernistas brasileiros. Foi certamente uma das influências da Semana de Arte Moderna de 1922, e seus conceitos de desprezo o passado para criar o futuro e não à cópia e veneração pela originalidade caiu como uma luva no desejo dos jovens artistas de parar de copiar os modelos europeus e criar uma arte brasileira.


CUBISMO

Este movimento artístico tem seu surgimento no século XX e é considerado o mais influente deste período. Com suas formas geométricas representadas, na maioria das vezes, por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões estéticos que primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da natureza. A imagem única e fiel à natureza, tão apreciada pelos europeus desde o Renascimento, deu lugar a esta nova forma de expressão onde um único objeto pode ser visto por diferentes ângulos ao mesmo tempo.

O marco inicial do Cubismo ocorreu em Paris, em 1907, com a tela Les Demoiselles d''Avignon, pintura que Pablo Picasso levou um ano para finalizar. Nesta obra, este grande artista espanhol retratou a nudez feminina de uma forma inusitada, onde as formas reais, naturalmente arredondadas, deram espaço a figuras geométricas perfeitamente trabalhadas. Tanto nas obras de Picasso, quanto nas pinturas de outros artistas que seguiam esta nova tendência, como, por exemplo, o ex-fauvista francês – Georges Braque – há uma forte influência das esculturas africanas e também pelas últimas pinturas do pós-impressionista francês Paul Cézanne, que retratava a natureza através de formas bem próximas as geométricas.



Somente após a Semana de Arte Moderna de 1922 o movimento cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo assim, não encontramos artistas com características exclusivamente cubistas em nosso país. Muitos pintores brasileiros foram influenciados pelo movimento e apresentaram características do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os seguintes artistas: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Rego Monteiro e Di Cavalcanti.


EXPRESSIONISMO

O expressionismo foi um movimento artístico que surgiu no final do século XIX e início do século XX como uma reação à objetividade do impressionismo, apresentando características que ressaltavam a subjetividade.

Tal movimento desenvolveu-se grandemente na Alemanha, especificamente no período após a Primeira Guerra Mundial, sendo um importante instrumento para a realização de denúncias sociais, especialmente em um momento que, politicamente, os valores humanos eram o que menos importava. Na América Latina, o movimento manifestou-se como uma via de protesto político.


O expressionismo também foi marcante na literatura, cinema e teatro. No Brasil, o movimento encontrou sua máxima representação através da pintura, especialmente por meio de artistas como Anita Malfatti, Lasar Segall e Osvaldo Goeldi.


SURREALISMO

O surrealismo surgiu na França na década de 1920. Este movimento foi significativamente influenciado pelas teses psicanalíticas de Sigmund Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano.

De acordo com Freud, o homem deve libertar sua mente da lógica imposta pelos padrões comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente. O pai da psicanálise, não segue os valores sociais da burguesia como, por exemplo, o status, a família e a pátria.

       O marco de início do surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra francês André Breton, em 1924. Neste manifesto, foram declarados os principais princípios do movimento surrealista: ausência da lógica, adoção de uma realidade "maravilhosa" (superior), exaltação da liberdade de criação, entre outros.
Os artistas ligados ao surrealismo, além de rejeitarem os valores ditados pela burguesia, vão criar obras repletas de humor, sonhos, utopias e qualquer informação contrária a lógica.
As ideias do surrealismo foram absorvidas na década de 1920 e 1930 pelo movimento modernista no Brasil. Podemos observar características surrealistas nas pinturas Nu e Abaporu de Ismael Nery e da artista Tarsila do Amaral, respectivamente.
As características deste estilo: uma combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Entre muitas das suas metodologias estão a colagem e a escrita automática. Segundo os surrealistas, a arte deve libertar-se das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidiana, procurando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos.



Nu – Ismael Nery

Abaporu – Tarsila do Amaral


quarta-feira, 12 de junho de 2013

ART NOUVEAU

Art Nouveau é um estilo artístico que se desenvolveu entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa e nos Estados Unidos, espalhando-se para o resto do mundo. Traduzido como “arte nova” do francês. Foi um estilo estético essencialmente de design e arquitetura, mas influenciou o mundo das artes plásticas. Era relacionado com o movimento arts & crafts, com grande destaque durante a belle époque, no fim do século 19 e início dos 20. Inspirava-se na natureza e no que se via em volta no momento. Foi o primeiro movimento que não se baseou nos estilos do passado.




Apesar do Art Nouveau ter adquirido tendências locais distintas na medida em que sua dispersão geográfica espalhou, algumas características gerais são indicativas da forma. Tais padrões decorativos formados por linhas dinâmicas, ondulantes e fluídas em um ritmo sincopado, são encontrados na arquitetura, pintura, escultura e outras formas de design Art Nouveau.



Você pode notar o estilo Art Nouveau de muitas formas, como em flores, folhas, cipós, gramíneas, algas, insetos e outras imagens orgânicas em joias e arquitetura. Exemplos incluem imagens de pássaros gravados em esquadrias ou enrolado em torno de si em tecidos para estofados, ou lírios abstratos vagando ao redor e se conectando uns com os outros em louças, cheia de riqueza de detalhes e formas orgânicas e femininas.









TRABALHO FEITO EM AULA

A partir do trabalho feito em aula, confeccionamos um brinco inspired (inspirado) na Art Nouveau. O brinco é feito de courino de cor metálica, com desenhos de arabescos que lembram flores, linhas delicadas e o metal, características fundamentais da Art Nouveau.









ERA EDUARDIANA E BELLE ÉPOQUE

A chamada Era Eduardiana se inicia quando, Edward VII, filho de Rainha Victoria, se torna rei do Reino Unido (1901-1910), ao mesmo tempo, na França começa um período de cultura cosmopolita chamado de Belle Époque. Época marcada por profundas transformações culturais que se traduziram em novos modos de pensar e viver o cotidiano.


A Belle Époque e a Era Eduardiana eram bastante semelhantes, apenas aconteciam em lugares distintos. Inglaterra e França eram dois polos lançadores de moda, e com certeza a moda é um símbolo forte destes dois momentos históricos. Roupas luxuosas, chapéus elaborados, muitos bordados e plumas.

Na França a Belle Époque foi uma era de luxo e de lindas roupas, mas apenas para um grupo seleto: os muito ricos e os nobres. A Europa estava em paz e essa estabilidade gerava uma prosperidade das classes ricas, desenvolvendo as relações sociais, os hábitos das cerimônias oficiais, recepções, teatros, óperas e corridas. 



Na Inglaterra a alta sociedade orbitava em torno da corte do hedonista Eduardo VII. O mesmo é conhecido por suas inúmeras amantes, extravagâncias e excessos, o oposto do recato e moralidade de sua mãe, a Rainha Vitória. O rei gostava de mulheres maduras e dominadoras com busto pesado. Então, surge o espartilho com a frente reta, construído de maneira a obrigar o corpo a assumir a curva em S, com cintura diminuída e busto unificado, baixo e protuberante equilibrado por ancas arredondadas. 
A peça foi recomendada como mais saudável do que o corset que dava forma de ampulheta ao corpo, pois removia as pressões sobre o abdômen. A moda da época era ter cerca de 40 cm de cintura, sendo que a cintura "normal" era de, em média, 60 cm.


Os chapéus eram obrigatórios, com vários tipos de decorações, incorporar plumas e pássaros era uma forma de determinar status. As moças usavam os cabelos compridos até os dezoito anos, quando eram então penteados em alguns dos estilos populares, largos e cheios. Também usavam cabelos postiços para ficarem mais volumosos e usavam ferro de frisar para manter os penteados armados por mais tempo. Além disso, faziam métodos de ondulação permanente nos fios. 


Os vestidos de chá eram essenciais e marcavam a divisão entre as roupas do dia e da noite, permitindo às mulheres alguns momentos de alívio dos apertados espartilhos, por volta das cinco horas quando era servido. Na década de 1910, apesar de o corpo cheio ainda continuar na moda, as curvas exageradas haviam desaparecido e o efeito era como o de coluna. Embora algumas mulheres descartassem os espartilhos, a maioria não o fez, e os espartilhos foram adaptados à linha vigente.

Com o início da Primeira Guerra as roupas passaram a ser práticas e simples, produzidas com tecidos com algodão e flanela, pois eram baratos e duráveis.  Assim, a "Bela Época" teve seu término, mas ainda permanecem resquícios deste período até os tempos atuais. Os “Fascinators” são um exemplo disso, eles são muito famosos na Europa e lembram os famosos chapéus da Belle Époque, com plumas, tules e pedrarias. Uma grande usuária deste adorno é Kate Middleton, Duquesa de Cambridge e forte influência fashion atual.






ERA VITORIANA

A Era Vitoriana foi o período no qual a Rainha Vitória  reinou sobre a Inglaterra, no século XIX, durante 63 anos, de junho de 1837 a janeiro de 1901. Ela subiu ao trono quando seu tio Guilherme VI morreu sem deixar herdeiros. Este período ficou marcado pelo grande prestígio da burguesia, e devido a uma grande prosperidade econômica e do comércio, a moda foi beneficiada.





 A invenção da máquina de costura facilitou o vestuário da época, que não era nada simples. Após um período em que a imagem é suavizada e simplificada, temos novamente na história uma era de excessos e grandes volumes. O espartilho era uma necessidade médica. Crescidas, as mulheres usavam várias camadas de corpetes, mais de quatro camadas de anáguas, crinolina(tecido rijo e flexível ao mesmo tempo feito de crina de cavalo incorporado no algodão ou no linho), as saias das senhoras tinham uma grande armação de metal o que dava à elas um aspecto cônico e com grande volume.







 Usavam também grandes decotes, que mostravam o colo e os ombros. Os tecidos que eram utilizados eram a seda, o cetim, fina lã, tafetá, brocado e crepe.  Surgia, então, o conceito de alta costura. Charles Frederick Worth foi o criador do mesmo, e, em contraponto, surgiu a roupa de trabalho.



Entre 1870 e 1890, as mulheres mudaram a sua maneira de vestir. As saias passaram a ter um grande volume na parte traseira. Não obstante, interiormente o espartilho ainda era fundamental. Chapéus e sapatos de salto alto também compunham o vestuário, para não falar dos tecidos que tinham de ser vistosos, e, por fim, o leque era um acessório fundamental. A grande característica desta época foi mesmo o contraste entre a moda feminina e a moda masculina, pois os homens procuravam uma roupa prática para o uso diário, e as mulheres exibiam o poder econômico dos maridos ao se “cobrirem de laços, babados, rendas, ancas, caudas, chapéus, sombrinhas e toda uma gama de complementos ornamentais que lhes dificultavam a vida prática”. Nos pés, sapatilhas com ou sem um pequeno salto e, pra sair às ruas, botas.





Muitos filmes e séries se inspiraram nesse período, contudo escolhemos dois com histórias opostas. O filme "A Jovem Rainha Vitória" retrata a juventude de Victoria e os primeiros anos do seu reinado. Interpretado pela atriz Emily Blunt,Vitória vive num mundo fechado. Ela não conhece ninguém, tudo é controlado pela hierarquia do palácio e pela sua mãe. Não tem autonomia alguma e está tendo sua vida traçada por razões do Estado, não do coração. 




Oposto ao filme de Jean-Marc Vallée está o filme "Noiva Cadáver" de Tim Burton. Além do contexto histórico e dos costumes, a animação aproveita-se de aspectos da Era Vitoriana para criticar seu moralismo e a sociedade de “aparências”.  



E para quem quiser conferir o trailer: http://www.youtube.com/watch?v=RtJu-o7pmCw

Ao relacionarmos a Era Vitoriana com a atualidade, percebemos que o conceito de mostrar o poder econômico e status através das roupas ainda existe e está muito presente na nossa sociedade. Do ponto de vista da Moda em si, notamos que o lado "gótico" da Era Vitoriana inspirou uma tribo a se customizar. As Gothic Lolitas são uma subdivisão de uma moda urbana japonesa chamada Lolita,popular entre adolescentes e jovens adultas. As mangas fofas, a saia balão, a sobriedade do preto e as rendas na ponto da saia. Apesar de obviamente, o Gothic Lolita ser um estilo atual, então está adaptado aos dias de hoje: as saias mais curtas, as meias estampadas, e mais acessórios




Trabalho realizado em aula





ROMANTISMO

O romantismo foi o segundo período mais marcante do século XIX (entre 1820 e 1840). Esta época chamada também de restauração não teve muita importância para a moda feminina, foi mais um processo de transição da moda do império para a era romântica. Falando agora de pormenores acerca do vestuário as mulheres usavam vestidos até as canelas e era mais adornados, brilhantes e embelezados do que os que vimos no império, a forma cilíndrica passou agora para uma forma mais cônica, mas sempre com o objetivo de esconder a silhueta das senhoras, os ombro e os decotes eram mais altos e as mangas tornaram-se compridas e justas ao pulso. Ao contrário das senhoras a moda masculina evoluiu bastante embora não tenha mudado totalmente, pois este processo de mudança já se tem vindo a fazer desde o império tendo maior visibilidade na Inglaterra que punha as regras da moda masculina enquanto paris da moda feminina. 



George Bryan Brummel (1778-1840) introduziu na moda entre1800 e 1830: o Dandismo, que se tornou uma grande referência para a moda masculina, não era só uma forma de vestir, mas também uma forma de ser e de agir, as suas roupas eram compostas por camisa (as golas eram altas e nelas usavam-se uma espécie de lenço com seus nós sofisticados o que ajudava assim para um aspecto de arrogância típico do Dandi), casaco, colete, calça comprida ou calção e não podiam ter uma ruga, os homens eram apresentados de uma forma exemplar, não se usava nada que fosse excessivo como bordados e jóias e apenas um acessório se tornou indispensável à moda masculina, a cartola. Este acessório tornou-se fundamental em todo o século XIX marcando a diferença par aqueles que tinham poder econômico e um estatuto social elevado. Este estilo designado por Dandy não teve qualquer tipo de alteração tornando-se como padrão da moda masculina, mas o mesmo já não se pode dizer da moda feminina, que foi buscar ao passado características e valores tradicionais para poder expor todo o poder da burguesia e desde então a moda feminina foi muito mais focalizada do que a moda masculina. Neste período, o uso os tecidos estampados (principalmente com flores) e tanto o uso de cores como o preto faziam parte do vestuário feminino e partir de 1820 os vestidos voltaram a ter cintura junta ao corpo não deixando de exaltar o uso de corpete seguido de um volume cônico nas saias, em 1830 as saias começaram a ser usadas mais subidas e as manga com uma grande simetria já para não falar nos decotes acentuados em forma de V que realçava todo o colo do peito e eram principalmente usados a noite, fazia também parte da moda feminina nesta época um xale de cashemire usado para cobrir os ombros que devido ao decote acentuado ficaram descobertos, os sapatos tinham um salto baixo e o leque tornou-se fundamenta, em relação aos acessórios voltaram a ser usadas todo os tipo de jóias desde pulseiras a colares, tudo o que pode-se adornar a mulher. O romantismo já vinha a marcar as suas diferenças desde o fim do século XIX e trouxeram o regresso do homem emotivo, natural e intelectual. A moda nesta época deu um grande avanço também devido à revolução industrial que trocou o homem pela máquina e como sinal de insatisfação o homem foi influenciado para um processo criativo. Paris e Londres foram às grandes capitais européias desta época.






NEOCLASSICISMO

Trata-se de um movimento artístico internacional que surge na segunda metade do séc. XVIII e culmina no período Napoleónico (estilo Império), exercendo posteriormente uma influência decrescente, embora marcando, ao longo do séc. XIX, o estilo oficial de vários países, particularmente a América do Norte (Greek revival). Tiveram como base os ideais do Iluminismo e um renovado interesse pela cultura da Antiguidade clássica, tendo como princípios a moderação, equilíbrio e idealismo como uma reação contra os excessos decorativistas e dramáticos do Barroco e Rococó.






De acordo com os neoclassicistas, só haveria arte, se os artistas resgatassem os ideais gregos e renascentistas. Dessa forma, a arte nesse período era considerada bela. 


Nas escolas de belas-artes, os alunos deveriam conhecer a arte do período antigo e por isso era produzida baseada na técnica e nas convenções gregas e romanase acabou sendo uma via de mão dupla: a pintura influenciou a moda e a moda influenciou a pintura. 




A moda acaba sendo uma forma de crítica ao luxuoso estilo Rococó, característico do Antigo Regime, Vestidos exageradamente acinturados, saias rodadas e perucas enormes dão lugar a uma moda mais simples, com o chamado corte império, com cintura logo abaixo dos seios, inspirados nas vestes gregas e romanas da antiguidade.




Além da cintura marcada abaixo dos seios, estes modelos de vestido não tinham amarrações nem espartilhos e apresentavam as mangas quase sempre curtas e levemente bufantes. As linhas eram retas e sóbrias. Eram utilizados tecidos fluidos, como musseline ou cambraia. Uma forma elegante de se vestir, sem ser ostentosa.

O período neoclássico serve de inspiração para muitos estilistas, Dior, Chanel e Versace são labels que aderiram a esse estilo leve, clássico mas de forma inovada. 




ROCOCÓ

O movimento estético do Rococó surgiu no século XVIII, na época da Revolução Francesa, que marcou o início da idade contemporânea. O Rococó foi marcado por uma política de absolutismo monárquico, onde o Rei tinha poder absoluto, era o “escolhido de Deus”.


A vida na corte tinha uma cultura de aparências, onde todos viviam aparentemente felizes. Para contrapor essa vida idealizada de leveza e “beleza de viver”, a hipocrisia e a frivolidade eram as características que descreviam a maiora na época.
O exagero ao vestir-se refletia esse lado das pessoas, mas também representava seu lado sedutor. A “arte da sedução” estava presente no cotidiano das pessoas, visto que a sexualidade era uma característica forte da época.


No vestuário do Rococó predominava o exagero. Decotes profundos, perucas grandes, armações nas roupas eram essenciais. Inspirado nisso, confeccionamos em aula uma peruca feita de fibra siliconada, bem volumosa, lembrando até o cabelo do grande ícone da época, Maria Antonieta.


TRABALHO FEITO EM AULA  


Hoje em dia, o Rococó ainda serve de inspiração para grandes marcas como Chanel, Christian Dior e Samuel Cirnansck.